sábado, 11 de dezembro de 2010

Mar interior.

Um mar imenso, um azul, uma onda, um baque. Assitindo ao mar, tão impenetrável, pude notar o quão insignificante são as lágrimas que com dor caem dos meus olhos. Que pequenas são! Vi o mar acontecer. As ondas baterem nas pedras e ressoarem numa música de poeta, trazendo um sossego que cala as mágoas e esconde os gritos. Os grãos de areia, que sem-vida vivem, com cada mergulhar, se movem, sendo assim, diferentes do que eram antes. Sendo grãos, mas não apenas grãos, sendo grãos, sendo areia, e por fim, sendo praia. O Sol, ardente, brilhante, intangível. Os raios invadindo a matéria aquática, fazendo com que cada concha seja mais que concha, seja luz, vida. As ilhas, que ao longe prostradas estavam, cantavam e dançavam, e num borbulhar, pude cantar com elas. Inspirei tão fundo o ar que me cobria as células e a maresia encheu meus pulmões. Um mar imenso, um azul, uma onda, um baque. Que agora, moram dentro de mim.

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