quinta-feira, 30 de setembro de 2010
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Doeu. Pensei em como tudo havia começado e doeu mais ainda. Doeu como se facas afiadas entrassem na minha carne macia e arrancassem de mim, aquilo que já nem sei mais se está ali. Olhei pro mundo e não gostei do que vi. Não gostei da futilidade crescente nos corpos e mentes de jóvens, não gostei de ver o verde virando concreto, não gostei de sentir no peito o pesar de um mundo onde o incompreendido não tem lugar. Impressionante como tem vezes que se vive por outro. É como se você fosse apenas uma caixa de ossos chacoalhando, e sua alma, naturalmente voasse por sobre o corpo de um outro algúem. Alguém especial. Isso também dói. E então, o que será a vida? Um ergástulo de dores? Pra mim, chega de sofrer. Deito a cabeça na núvem do tempo, e ali adormeço. Esperando sempre. Esperando por respostas.
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