Pensei.
E de que me vale crer num hoje inexistente
e na impossibilidade do amanhã?
Pra que viver sofrendo e fazendo sofrer?
Dormir no regaço de nuances e essências
de palavras incosequentes, inconcebíveis.
Viver amando ou amar vivendo?
Quando à fundo vivemos rotulando aquilo
que um dia já foi livre, já foi único, já foi autêntico.
Olhar para o verde da esperança e enxergar
as neblinas negras do incerto.
Parece-me tão complicado.
Pensei.
E de que vale pensar?
De que me vale pensar quando minhas idéias não são mais
que aspirações e teus beijos promessas incumpríveis?
A vida que nos reserva tanto e tão pouco.
A Lua que nos olha com grandeza e invejamo-na.
Como gostaria de ser a Lua,
brilhando ali, serena, sozinha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário