sexta-feira, 26 de novembro de 2010

456.

Foi no ônibus em pleno movimento que meus sonhos desbaram. As lágrimas que tentavam se agarrar à algo pra não cairem, jorravam sem fim, sem rumo, sem jeito. Você mal percebeu o que estava aconetcendo comigo, mal consegue entender o que isso significa. Meu mundo desabou com palavras ditas e tudo se chocou contra mim. Morrer não me pareceu tão terrível quanto o que estava por vir. Uma parte de mim, olhava pra janela, fugindo dos seus olhos que tanto me diziam, e olhava procurando por indícios de que o destino não fôra tão cruel, não tivesse me tirado a chance de ser feliz. Não consigo suportar o mundo sem te ter ao meu lado. Você é meu mundo. O pior é que não tem jeito. Eu sei que pra você, tudo vai mudar, vai doer e vai passar. Mas pra mim, a ferida, vai ser tão eterna quanto meu amor. Eu me vi sangrando, e estava tão em paz... Te beijei, como se fosse a última vez, senti teus braços, para nunca esquecê-los. Desci do ônibus e disse adeus. Adeus à você. Adeus à felicidade. Adeus à vida.

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