quinta-feira, 11 de novembro de 2010
As coisas.
Ontem, as coisas doeram. Senti a derrota preenchendo os milímetros do meu vermelho sangue, dono das minhas veias, transpotador do sentimento. O sentimento que percorre no interior da minha pele trazendo o arrepio intenso. As coisas bateram em mim como se estivesse em um carro à 220 quilometros por hora e me chocasse contra uma parede cinza de concreto. Nada nem ninguém conseguiriam me tirar a dor fulminante e fóbica que se apoderava de mim. O tudo me pareceu tão nada quanto o próprio nada, que é pra mim, um quarto escuro e vazio de sentimentos, prazer, culpa, dor, amor, tempo, céu, chão. A dor corría minha feições feridas pelo que o tempo um dia me trouxe, deixando-me encurralada na esquina da minha própria mente, sendo atacada por milhões de arrependimentos famintos por retorno! Ontem, entrei em transe, pois as coisas doeram. As coisas doem. Senti o vento frio e as gotículas de chuva nas minhas pálpebras adormecidas no branco da minha pele e no negro da escuridão. As coisas me interromperam acordando-me de um conto de fadas. Meu coração morreu, me deixando uma carcaça completamente oca. Acontece, que as coisas sem você, doem. E você não faz a mínima idéia. Se você se for, vou estar numa caída eterna pra lugar nenhum. As coisas iriam me doer sempre.
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